imobiliária Moller y Pérez Cotapos implantados em Vitacura, região metropolitana de alto padrão em Santiago, que tem o maior índice de desenvolvimento humano do Chile. A missão dos arquitetos foi desenvolver uma proposta com o melhor desempenho possível dentro de um ambiente regulatório complexo e restritivo. “Todas as indicações foram seguidas, ao mesmo tempo em que tentamos projetar apartamentos atraentes e confortáveis”, explica German Squella, um dos sócios do escritório de arquitetura chileno.

A edificação com forma retangular conta com sete pavimentos e três andares de subsolo, com certo distanciamento em relação à rua principal e aos lotes vizinhos e seguindo o gabarito do entorno onde está inserida. No térreo ficam os serviços comuns, hall de entrada do prédio, sala gourmet, academia e acessos ao jardim e à piscina. Além disso, há dois apartamentos com acesso exclusivo a um terraço-jardim. Do primeiro ao sexto pavimentos estão 42 apartamentos de dois e três quartos (sete por andar, com áreas entre 80 e 140 metros quadrados; no último pavimento, contam com ligação direta a um terraço panorâmico). Na cave, existem três níveis de estacionamento e depósito, além de todos os equipamentos prediais, bombas, caldeiras e instalações de serviço.

Com sistema estrutural em concreto armado, o edifício residencial é revestido externamente por tijolinhos cerâmicos, o que permite uma estética mais acolhedora ao projeto. De acordo com German, a materialidade foi definida de acordo com as tendências de construção e a experiência em projetos anteriores. As fachadas são caracterizadas, ainda, pela presença de extensos terraços (de 17 a 48 metros quadrados) conectados a aberturas do chão ao teto, que permitem mais conexão com a paisagem, iluminação e ventilação naturais e sensação de amplitude nos ambientes internos.

Nos pisos dos ambientes externos das unidades residenciais, usou-se o revestimento cerâmico Brasília Concreto, da marca brasileira Portobello, que, atualmente, tem atuação no mercado de 75 países. Além de permitir uma estética contemporânea e qualidade ao projeto, a escolha buscou harmonizar a transição entre os pisos interno e externo de forma sóbria e elegante. “Com o Brasília Concreto, conseguimos ter um piso homogêneo e unificado nos terraços, em perfeita combinação com o piso interno de aspecto amadeirado. Com cor e design sóbrios, ele permite que os trabalhos de iluminação, os revestimentos verticais e o espaço em geral se destaquem”, comenta o arquiteto.

A linha Brasília teve inspiração nas superfícies de concreto aparente criadas por Oscar Niemeyer, sendo desenvolvida como uma homenagem à arquitetura moderna da capital do Brasil. No projeto do edifício chileno, o produto foi aplicado no formato 60 x 60 cm, nas cores cinza e grafite e com acabamento natural. O produto pode ser usado em espaços com tráfego intenso de pessoas, como hall de entrada e corredores secundários de edifícios comerciais, hotéis e museus, ou com tráfego leve, como é o caso das varandas das unidades residenciais do Edifício Partenón 1770.