O evento contou com a presença de mais de 100 profissionais em busca de aperfeiçoamento técnico.
- Qual foi impacto na produção ao adotar o biogás como fonte de energia?
O maior impacto direto foi a diferença de poder calorífico. O Gás Natural Renovável apresenta um poder calorífico em média 8% inferior ao Gás Natural. Tivemos que ajustar os queimadores e curva de queima.
- Quais foram as vantagens?
Na verdade, a nossa grande preocupação foi com a responsabilidade ambiental, que é um de nossos principais valores. Fomos a primeira indústria do país a utilizar o Gás Natural Renovável (GNR) ou biogás canalizado nos processos produtivos. Com a adoção da medida, a empresa foi a pioneira a adotar essa medida sustentável no mercado de indústrias brasileiras, fortalecendo a empresa, que tem sede no Ceará e está presente em todo o Norte e Nordeste e em mais de 30 países. Não houve nenhuma vantagem financeira. O preço do GNR e do GN, corrigido a diferença do poder calorífico, é igual.
- Qual foi o investimento para a implementação do biogás?
Todo o investimento na Rede de distribuição foi realizado pela Cegás e Ecometano. Investimos a disponibilidade de sermos os “cobaias” nessa implementação. Tivemos que modificar alguns procedimentos internos, treinar uma equipe e se ajustar à instabilidade no fornecimento que aconteceu no início.
- Qual a relevância deste combustível para a economia e desenvolvimento da indústria cerâmica brasileira?
Cada vez mais, as Energias Renováveis ganharão espaço na Industria como um todo. As indústrias necessitam de energia para desenvolver suas atividades e o que tem-se observado no mundo inteiro é a corrida para encontrar substitutos energéticos que mantenham as indústrias em pleno funcionamento e que alimentem as perspectivas de expansão das mesmas, além da própria preocupação com o aumento ascendente dos preços do barril de petróleo (em Dólar) nos últimos anos.
- Quais são as expectativas a longo prazo ter adotado esse combustível no processo produtivo?
Nossa maior expectativa era de que conseguiríamos trabalhar com o GNR como um substituto bem próximo do GN. Depois de adequarmos nossos equipamentos e processos, conseguimos chegar numa estabilidade desejada. É provável que o GNR será mais viável que o GN quando ganhar escala, a longo prazo. Além disso, ao pensarmos em longo prazo, não podemos deixar de falar em Sustentabilidade, cujo principal objetivo é suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as futuras gerações.