Agenda na Embaixada Brasileira aconteceu hoje, 1º de agosto. A Anfacer integrou a comitiva do Centrorochas que reforça diálogo internacional para a liberação e isenção das tarifas.
Foi divulgada nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, a ordem executiva que oficializa tarifas adicionais de 40% para os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. A informação foi publicada oficialmente pela Casa Branca. (Acesse o link original).
Esta é a segunda adição de tarifas sobre os produtos brasileiros, a primeira ocorreu em 2 de abril de 2025, quando o governo americano incluiu 10% de imposto de importação ao país.
Com a publicação oficial, as exportações brasileiras de cerâmica terão incidência de 50% adicionais de imposto de importação para entrar no mercado norte-americano. As taxas entrarão em vigor em sete dias.
- 2 de abril: EUA anuncia tarifas adicionais de 10% ao Brasil;
- 9 de abril: EUA suspende por 90 dias a entrada em vigor da tarifação adicional (até 08 de julho);
- 8 de julho: EUA estende até dia 01 de agosto a suspensão da entrada em vigor das tarifas;
- 30 de julho: EUA anuncia tarifas adicionais de 40% aos produtos brasileiros.
Responsáveis por cerca de 25% das exportações do setor - o equivalente a US$ 95 milhões em receita em 2024 - os Estados Unidos são o maior mercado de cerâmica para revestimento nacional desde 2015. A mudança imposta deve ter efeitos diretos sobre a cadeia produtiva, que emprega cerca de 50 mil pessoas diretamente e outras 200 mil de forma indireta.
Diante da confirmação das tarifas, a Anfacer continuará a mobilização junto ao governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), estados e entidades industriais, entre elas a Confederação Nacional da Indústria (CNI), na busca de uma solução que preserve os laços comerciais construídos ao longo de mais de duas décadas com o mercado norte-americano.
No âmbito internacional, a Anfacer seguirá com as tratativas junto ao Tile Council of North America (TCNA), à National Tile Contractors Association (NTCA) e à National Association of Home Builders (NAHB), já que a medida também preocupa empresas e fornecedores norte-americanos.
A Anfacer ressalta que o momento é de negociação e diálogo construtivo. Defende também que os governos federal e estadual adotem ações emergenciais para reduzir os impactos sobre a indústria como: liberação de créditos, postergação de tributos e concessão de linhas de financiamento específicas.
A expectativa é que o governo divulgue nos próximos dias as propostas para mitigar os impactos do tarifaço, com foco na proteção da indústria e dos empregos no Brasil. Entre as principais propostas estão sendo estudadas:
- Financiamentos especiais de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC);
- Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), passando de 0,1% para 3%;
- Aceleração da restituição do ICMS acumulado de empresas exportadoras
O governo de São Paulo já anunciou a liberação de créditos de ICMS acumulado para mitigar os efeitos das tarifas às empresas, no valor de R$ 1,5 bilhão. Veja aqui.
O Brasil é um dos grandes protagonistas no mercado mundial de revestimentos cerâmicos, ocupando a terceira posição em produção e consumo, além de ser o sexto maior exportador global. A indústria cerâmica nacional está alinhada com a melhor tecnologia mundial e possui parques fabris modernos e eficientes. Em 2024, as exportações do setor alcançaram valor de US$ 365,3 milhões, sendo US$ 95 milhões embarcados para os Estados Unidos, maior mercado internacional desde 2015.
Acesse o documento traduzido: Documento Casa Branca