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O estudo inédito, lançado na quinta-feira (5/6) pela Fiesp, com associações e empresas industriais (Abiogás, Abrema, Unica, Abividro, Aspacer, Anfacer e Scania), traça um panorama detalhado da oferta, demanda e oportunidades associadas ao biometano em São Paulo, e reforça o potencial do estado como nova fronteira energética no país, ao se destacar entre os maiores produtores de biogás e biometano do Brasil.
Encomendado pela Fiesp e elaborado pelo consórcio Instituto 17, PSR e Amplum Biogás, o estudo, intitulado “O Biometano em São Paulo: potencial e medidas para alavancar a produção”, identificou a oferta potencial de 6,4 milhões de Nm³/dia no estado, volume que equivale a 32% do consumo atual de gás natural ou 24% do diesel utilizado no transporte. A produção estimada viria de 181 plantas (sendo 84% do setor sucroenergético e 16% de aterros sanitários) e teria capacidade de mitigar até 16% das metas de descarbonização, inclusive de gerar cerca de 20 mil empregos.
Além de mapear e quantificar o potencial produtivo de biogás e biometano em São Paulo, o levantamento propõe a criação de polos regionais de produção, baseados em critérios de geolocalização e infraestrutura existente. Também aponta a integração logística como estratégia essencial para ampliar o escoamento e viabilizar o crescimento do mercado.
A publicação apresenta, ainda, um portfólio de políticas públicas para impulsionar o setor, organizadas em quatro eixos principais:
“O objetivo do estudo é alavancar o biometano, seja como alternativa ao gás natural fóssil ou ao diesel. Em relação ao gás natural, a viabilidade econômica é mais apertada, mas frente ao diesel, a vantagem é maior, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. No entanto, o caminho é mais longo, especialmente por desafios como infraestrutura de abastecimento e a adesão ao uso de caminhões movidos a biometano”, explica André Rebelo, diretor executivo de Infraestrutura da Fiesp.
Ao reconhecer a vocação do estado para a bioeconomia, a publicação reafirma o papel do biometano como alternativa energética de baixo carbono, com capacidade de impulsionar a reindustrialização, fortalecer a sustentabilidade e promover a liderança paulista na transição energética nacional.
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Com informações:
Fotos: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP e Eduardo A. Viana / Aspacer.