Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, os países que compõem o MERCOSUL, juntamente com a União Europeia (UE) assinaram, na última sexta-feira (28/06), um tratado de Livre Comércio entre os blocos.
Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, os países que compõem o MERCOSUL, juntamente com a União Europeia (UE) assinaram, na última sexta-feira (28/06), um tratado de Livre Comércio entre os blocos
Entenda: Tratado de Livre Comércio significa que os bens e serviços produzidos e exportados por um país terão acesso com redução à zero do imposto de importação em qualquer outro país também signatário do Tratado. Essa redução não é imediata e ocorre de acordo com o cronograma de desgravação (desoneração) tarifária negociada.
O acordo garantirá acesso efetivo em diversos segmentos como construção, serviços, comunicação, entre outros, e trará um incremento da ordem de 87,5 bilhões a 125 bilhões de dólares em um prazo de quinze anos, de acordo com estimativas do Ministério da Economia.
As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais, equalizando as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.
As negociações se estenderam durante vinte anos e representam um marco histórico, pois, juntos, os blocos representam um mercado de 780 milhões de pessoas, o equivalente a 25% do PIB mundial. O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela sua importância econômica e a abrangência, é a aliança mais ampla e de maior complexidade já negociado pelo MERCOSUL.
O tratado abrange temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como: Aduana e Facilitação de Comércio; Comércio de bens; Compras governamentais; Concorrência; Defesa comercial; Desenvolvimento sustentável; Propriedade Intelectual; Assistência mútua em temas relacionados à aduana; Regras de origem; Salvaguardas; Comércio de serviços; Medidas Sanitárias e Fitossanitárias; Barreiras Técnicas ao Comércio; Subsídios; e Solução de Controvérsias.
Na prática ainda há muito trabalho pela frente, após a assinatura o Acordo precisa ser publicado no Diário Oficial da União, o que deverá ocorrer, segundo fontes do Ministério da Economia, até dia 05 de julho. Em seguida cada um dos 31 países signatários deverá ratificar o acordo em seu congresso/parlamento. Estima-se que esse processo durará 2 a 3 anos. Após todas as aprovações e ratificações o texto completo do acordo – incluindo redução de tarifas – entra em vigor de forma gradativa, ao longo de dez anos.
“Durante a última consulta pública e troca de ofertas entre os blocos (em 2016) os revestimentos cerâmicos estavam negociados com desgravação de 5 anos, ou seja, a redução total do imposto de importação para revestimentos cerâmicos ocorreria gradativamente, ao longo de 5 anos após a entrada em vigência do Tratado”, explica Maurício Borges, da ANFACER (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres).
Ele conta ainda que desde 2016 o governo brasileiro não divulgou o status da tabela de cronogramas do Tratado. O setor de revestimentos cerâmicos, assim como os demais setores produtivos, aguarda ansiosamente a publicação do texto final.
Com o acordo em vigor, espera-se que o aumento de investimentos no Brasil, seja da ordem de US$ 113 bilhões em 15 anos. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.
“Na prática, com a vigência do acordo, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros”, diz Borges.
O acordo reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés e garantirá acesso efetivo em diversos segmentos como serviços, comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros.
Em compras públicas, as empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens.
O setor de revestimentos cerâmicos vem ganhando destaque na imprensa nacional, com posicionamentos firmes e mobilizações crescentes em defesa da competitividade da indústria brasileira. Confira a matéria publicada hoje, 14/08, no jornal Valor Econômico.
Avanço para o setor cerâmico: certificados de produto do Brasil passam a ser reconhecidos no Equador.
Notícias relacionadas
August 14, 2025
Setor cerâmico se mobiliza e ganha destaque na defesa da indústria nacional
O setor de revestimentos cerâmicos vem ganhando destaque na imprensa nacional, com posicionamentos firmes e mobilizações crescentes em defesa da competitividade da indústria brasileira. Confira a matéria publicada hoje, 14/08, no jornal Valor Econômico.
August 13, 2025
Governo lança Plano Brasil Soberano para proteger exportadores e trabalhadores de sobretaxas dos EUA
Estratégia é composta por ações separadas em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial.
August 11, 2025
Boletim da Construção FIESP - edição agosto 2025
Confira o informativo mensal do Deconcic/FIESP com análises econômicas e dados sobre emprego, consumo, investimentos e outros indicadores da construção no Brasil e em São Paulo.
July 28, 2025
Setor se posiciona sobre impactos das tarifas norte-americanas na CNBC Brasil
Assista a entrevista do presidente do Conselho de Administração da Anfacer, Sergio Wuaden, no Jornal Real Times.
August 12, 2025
Anfacer conquista harmonização de certificados de produto com o Equador
Avanço para o setor cerâmico: certificados de produto do Brasil passam a ser reconhecidos no Equador.
July 31, 2025
Eventos e parcerias ampliam o alcance da Central do Assentador Cerâmico
Iniciativa valoriza e reforça o protagonismo dos profissionais da construção.
August 8, 2025
Indústria cerâmica enfatiza impactos do tarifaço, no jornal Valor Econômico.
Representantes de indústrias brasileiras comentam os impactos, não apenas no mercado brasileiro, mas também no americano.
August 7, 2025
Agenda Oficial em Washington
Anfacer lidera representantes do setor de revestimentos cerâmicos brasileiro em agenda oficial nos dias 3 e 4 de setembro, em Washington, para articulação com
stakeholders estratégicos.
August 6, 2025
Tarifas nos EUA entram em vigor: Anfacer intensifica ações em defesa do setor
Entidade mobiliza esforços para garantir a competitividade da indústria. Já estão previstas nova reunião com o MDIC e agenda oficial em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro.
August 6, 2025
Anfacer alerta sobre impactos das tarifas no mercado da construção norte-americano
Entidade aponta os impactos bilaterais e defende isenção para garantir equilíbrio no fornecimento e competitividade no setor.
This is some text inside of a div block.
Heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.