O aumento cada vez maior do aquecimento global tem levado as nações a buscarem formas variadas para mitigar as mudanças climáticas. Uma das principais alternativas nesse sentido são os investimentos em bioeconomia, modelo de produção industrial baseado no uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com o BNDES, o Brasil movimenta cerca de US$ 326 bilhões nessa área.
País tem condições de ser líder mundial no setor
O aumento cada vez maior do aquecimento global tem levado as nações a buscarem formas variadas para mitigar as mudanças climáticas. Uma das principais alternativas nesse sentido são os investimentos em bioeconomia, modelo de produção industrial baseado no uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com o BNDES, o Brasil movimenta cerca de US$ 326 bilhões nessa área. É ainda muito pouco, se considerarmos que, segundo os últimos dados disponíveis, em 2015 a União Europeia já movimentava 2 trilhões de euros, com a geração de 18 milhões de empregos. Projeções da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que, em uma década, a bioeconomia deverá representar 2,7% do PIB dos países mais ricos.
Esse modelo de produção se vale da ciência e da tecnologia para desenvolver produtos inovadores, como alimentos, remédios, cosméticos, biocombustíveis e tantos outros, a partir das propriedades de plantas, animais, micro-organismos e demais recursos biológicos. Um dos países com maior biodiversidade do planeta — sobretudo por abranger a maior parte do bioma amazônico, ter grande quantidade de terras férteis, água abundante e alta incidência solar — , o Brasil é considerado por especialistas como o país com o maior potencial para liderar o mercado da bioeconomia no mundo.
A aprovação, pelo Congresso Nacional, do Marco Regulatório da Biodiversidade, que definiu regras para o acesso e o uso do patrimônio genético, foi um passo muito importante nessa direção. É fundamental que, agora, seja construída uma política nacional, com objetivos claros, com instrumentos adequados ao alcance das metas e com regras estáveis, que criem um ambiente seguro para investidores interessados em aportar recursos nessa área.
Como o conhecimento é a base da bioeconomia, uma política nacional para a área deve ter como prioridade a expansão da rede de inovação, e a integração de diversas atividades para a produção de tecnologias e de bens de alto valor agregado. Isso requer investimentos robustos e permanentes em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e qualificação de mão de obra. É essencial, também, a criação de linhas de financiamento, com garantias, taxas de juros e prazos compatíveis com a inovação, assim como o incentivo ao capital de risco para empreendimentos que fazem uso sustentável dos recursos biológicos, a valorização dos instrumentos de proteção à propriedade intelectual e a aceleração dos processos de concessão de patentes.
Outro ponto decisivo para avançarmos nessa área é a interação entre centros de conhecimento e empresas, para facilitar a criação de produtos e processos que atendam às necessidades do mercado. É preciso, ainda, definir uma governança capaz de coordenar e garantir a eficácia das iniciativas de governos, empresas, academia e de outros setores da sociedade, para viabilizar ações que favoreçam o aproveitamento justo e sustentável da rica biodiversidade nacional.
Os pilares para uma agenda de longo prazo serão a base dos debates que ocorrerão no Fórum Bioeconomia e a Indústria Brasileira, que a Confederação Nacional da Indústria promove na próxima semana, em Brasília. Acreditamos que os avanços nessa promissora seara são cruciais para o desenvolvimento da Amazônia, uma vez que permitirão combinar a conservação da floresta com o crescimento econômico e a geração de emprego e renda na região, trazendo benefícios para toda a sociedade.
Neste momento, em que temos o compromisso de planejar e preparar o Brasil para os desafios que enfrentaremos no pós-pandemia, a aposta na bioeconomia pode ser uma estratégia muito eficaz para ajudar o país a alcançar um ritmo de crescimento consistente, proteger o meio ambiente, se destacar no combate às mudanças climáticas e ser líder mundial em desenvolvimento sustentável.
Robson Braga de Andrade Empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria
O setor de revestimentos cerâmicos vem ganhando destaque na imprensa nacional, com posicionamentos firmes e mobilizações crescentes em defesa da competitividade da indústria brasileira. Confira a matéria publicada hoje, 14/08, no jornal Valor Econômico.
Avanço para o setor cerâmico: certificados de produto do Brasil passam a ser reconhecidos no Equador.
Notícias relacionadas
August 14, 2025
Setor cerâmico se mobiliza e ganha destaque na defesa da indústria nacional
O setor de revestimentos cerâmicos vem ganhando destaque na imprensa nacional, com posicionamentos firmes e mobilizações crescentes em defesa da competitividade da indústria brasileira. Confira a matéria publicada hoje, 14/08, no jornal Valor Econômico.
August 13, 2025
Governo lança Plano Brasil Soberano para proteger exportadores e trabalhadores de sobretaxas dos EUA
Estratégia é composta por ações separadas em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial.
August 11, 2025
Boletim da Construção FIESP - edição agosto 2025
Confira o informativo mensal do Deconcic/FIESP com análises econômicas e dados sobre emprego, consumo, investimentos e outros indicadores da construção no Brasil e em São Paulo.
July 28, 2025
Setor se posiciona sobre impactos das tarifas norte-americanas na CNBC Brasil
Assista a entrevista do presidente do Conselho de Administração da Anfacer, Sergio Wuaden, no Jornal Real Times.
August 12, 2025
Anfacer conquista harmonização de certificados de produto com o Equador
Avanço para o setor cerâmico: certificados de produto do Brasil passam a ser reconhecidos no Equador.
July 31, 2025
Eventos e parcerias ampliam o alcance da Central do Assentador Cerâmico
Iniciativa valoriza e reforça o protagonismo dos profissionais da construção.
August 8, 2025
Indústria cerâmica enfatiza impactos do tarifaço, no jornal Valor Econômico.
Representantes de indústrias brasileiras comentam os impactos, não apenas no mercado brasileiro, mas também no americano.
August 7, 2025
Agenda Oficial em Washington
Anfacer lidera representantes do setor de revestimentos cerâmicos brasileiro em agenda oficial nos dias 3 e 4 de setembro, em Washington, para articulação com
stakeholders estratégicos.
August 6, 2025
Tarifas nos EUA entram em vigor: Anfacer intensifica ações em defesa do setor
Entidade mobiliza esforços para garantir a competitividade da indústria. Já estão previstas nova reunião com o MDIC e agenda oficial em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro.
August 6, 2025
Anfacer alerta sobre impactos das tarifas no mercado da construção norte-americano
Entidade aponta os impactos bilaterais e defende isenção para garantir equilíbrio no fornecimento e competitividade no setor.
This is some text inside of a div block.
Heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.