Para 2025, as perspectivas indicam que a economia nacional continuará crescendo, embora em um ritmo menor.
O setor da Construção Civil teve um desempenho destacado em 2024, registrando um crescimento de 4,3% e encerrando o ano com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 359,523 bilhões, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado confirmou as projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que previa um aumento de 4,1% para o setor. “Esse desempenho positivo aconteceu diante do maior dinamismo da economia nacional, do incremento no mercado de trabalho, das obras em função do ano eleitoral e também do retorno das obras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, explica Ieda Vasconcelos, economista da CBIC.
O crescimento do setor teve impactos significativos na geração de empregos formais. No total, foram criados 110.133 novos postos de trabalho, elevando o número de trabalhadores da Construção Civil para 2,858 milhões. “Todos os três segmentos da Construção Civil – Construção de Edifícios, Serviços Especializados para a Construção e Obras de Infraestrutura – apresentaram saldo positivo de admissões em relação às demissões, o que reforça o crescimento sustentável do setor”, afirma Vasconcelos. O aumento na demanda por mão de obra também reflete uma ampliação nos investimentos e na confiança dos empresários no setor.
Outro fator relevante foi a expansão na produção de insumos típicos da Construção, que cresceu 5,5% em 2024, revertendo a queda de 2,8% registrada no ano anterior. Esse crescimento acompanha a elevação da demanda do setor, impulsionado pela retomada de projetos habitacionais e de infraestrutura.
O mercado imobiliário também registrou avanços expressivos, com um aumento de 20,9% nas vendas de apartamentos novos e um crescimento de 18,6% nos lançamentos. “Enquanto em 2023 foram vendidas 331.359 unidades, em 2024 esse número saltou para 400.547. O mesmo ocorreu com os lançamentos, que passaram de 323.329 em 2023 para 383.483 em 2024”, detalha a economista. Esse cenário reflete uma maior disponibilidade de crédito e o interesse crescente de consumidores em adquirir imóveis, principalmente impulsionados por programas habitacionais e melhores condições de financiamento.
No segmento do programa Minha Casa, Minha Vida, o crescimento foi ainda mais expressivo, com um aumento de 43,3% nas vendas e de 44,2% nos lançamentos. Esse desempenho reforça a importância das políticas habitacionais para a economia do país e para a geração de empregos diretos e indiretos.
Dentro do contexto econômico nacional, a Construção Civil figurou como o terceiro setor de maior crescimento no PIB em 2024, ficando atrás apenas de Serviços de Informação e Comunicação (6,2%) e Outras Atividades de Serviços (5,3%). “O bom desempenho do setor também foi crucial para o incremento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos no país e registrou um crescimento de 7,3% em 2024. Isso elevou a taxa de investimento do Brasil para 17%, acima dos 16,4% observados no ano anterior”, destaca Vasconcelos.
O desempenho da Construção Civil no quarto trimestre de 2024 também foi positivo. Na comparação com o trimestre anterior, o setor cresceu 2,5%, enquanto a economia nacional apresentou alta modesta de apenas 0,2%. Quando comparado ao mesmo período de 2023, o PIB da Construção cresceu 5,1%, superando a expansão de 3,6% da economia nacional.
Para 2025, as perspectivas indicam que a economia nacional continuará crescendo, embora em um ritmo menor. “A CBIC estima uma alta de 2,3% no PIB da Construção Civil. No entanto, isso não significa ausência de desafios. O alto patamar das taxas de juros, que podem chegar a 15% ao ano, impacta diretamente os investimentos e o acesso ao crédito”, alerta Vasconcelos. A economista também ressalta a preocupação com a ampliação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que pode comprometer a saúde financeira do fundo e dificultar o financiamento habitacional para famílias de menor renda.
“O FGTS é uma das principais fontes de financiamento habitacional do Pais. Isso sem contar, ainda, com o incremento dos custos. Ou seja, um ano com muitas preocupações e desafios a serem vencidos”, finaliza Ieda Vasconcelos.
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