
Notícia EPBR: Suspensão de venda de ativos da Petrobras pode afetar contratos de US$ 2 bilhões
Jean Paul Prates afirma que encara pedido do MME, para suspensão temporária de negociações, como oportunidade para que rever alguns conceitos
Notícia publicada em 8 de março de 2023, por Andrá Ramalho/ EPBR
Confira aqui a matéria completa.
RIO — A suspensão temporária da venda de ativos da Petrobras, solicitada pelo governo, envolve uma lista de negócios em curso e cerca de US$ 2 bilhões em contratos já assinados e que ainda aguardam um desfecho.
O presidente da Petrobras, Jean PaulPrates, afirmou, na semana passada, que encara o pedido como uma oportunidade para que a empresa “reveja alguns conceitos”.
A petroleira, por exemplo, já suspendeu a venda da Petrobras Biocombustível(PBIO) e está, inclusive, trocando o comando da subsidiária, de acordo com a Bloomberg.
A PBIO é um caso mais simples, uma vez que a Petrobras ainda não tinha fechado nenhum acordo formal para alienação da subsidiária. Compradores temem, no entanto, que a petroleira venha a recuar de negócios já formalizados.
A Petrobras tem, hoje, cinco contratos assinados, aguardando conclusão do negócio, para venda dos ativos:
§ a refinaria Lubnor, no Ceará, para aGrepar Participações, por US$ 34 milhões;
§ Polo Potiguar (campos terrestres no Rio Grande do Norte), para a 3R Petroleum, por US$1,38 bilhão;
§ Polo Norte Capixaba (camposmaduros onshore no Espírito Santo, para a Seacrest, por US$ 544milhões;
§ Polos Golfinho e Camarupim, no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, para a BWEnergy, por US$ 75 milhões;
§ Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão, em águas rasas da Bacia Potiguar, para aOuro Preto Óleo e Gás (hoje 3R), por US$ 1,5 milhão.
Além desses ativos, a Petrobras tem outros negócios em andamento, em diferentes estados de maturidade.
A lista inclui, entre os desinvestimentos em fase vinculante:
§ ativos na Colômbia, como a distribuidora de combustíveis Pecoco e o bloco de exploração Tayrona;
§ direitos minerários de potássio no Amazonas;
§ participação acionária de 34,54% na Metanol doNordeste (Metanor), em Camaçari (BA);
§ Petrobras Biocombustível (PBIO);
§ Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil(TBG);
§ Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB);
§ fatias minoritárias em termelétricas a óleo, como Suape II e Brasympe;
§ campos de óleo e gás no Golfo do México;
§ campos maduros na Bahia, como o Polo Bahia Terra, em negociação com o consórcio PetroReconcavo/Eneva;
§ campos em águas rasas e profundas na Bahia, Ceará e Rio de Janeiro;
§ campo de Tartaruga, em águas rasas na Bacia Sergipe-Alagoas;
§ campos Uruguá e Tambaú, em águas profundas na Bacia de Campos;
Além disso, há uma série de negócios menos avançados, em fase não vinculante:
§ 18,8% na UEGA, dona da termelétrica a gás de Araucária, no Paraná;
§ Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco;
§ Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná;
§ Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul;
§ rede de fibra óptica onshore;
§ e a Petrobras Operaciones (POSA), dona de 33,6% do campo de Rio Neuquén, na Argentina.
Há casos, ainda, de negócios que foram interrompidos na gestão passada e não retomados, como a venda do Polo Ucuru (AM), no Amazonas.