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Perspectivas Econômicas para o Brasil em 2018

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Economista com graduação pela Universidade de São Paulo, pós-graduação em economia do setor financeiro pela Fipe-USP e especialização em Administração para Graduados pela FGV, atuou como pesquisadora na Fipe e no Iesp (1992-1994). É Diretora Comercial da Tendências.

Denise de Pasqual
Economista com graduação pela Universidade de São Paulo, pós-graduação em economia do setor financeiro pela Fipe-USP e especialização em Administração para Graduados pela FGV, atuou como pesquisadora na Fipe e no Iesp (1992-1994). É Diretora Comercial da Tendências.

Como você traçaria agora a situação econômica de forma geral no Brasil?
A recuperação da economia está em curso, porém, de forma mais lenta do que todas as projeções apontavam. Muitos fatores contribuíram para essa mudança de curso, como a incerteza política e a paralização dos caminhoneiros que ocorreu em todo o Brasil no último mês

Quais os mercados mais promissores e em que momento a indústria cerâmica e da construção ganha relevância nesse cenário?
O momento é mais favorável para os setores com maior capacidade de exportação. O setor da construção civil, sem dúvida, é um dos que se enquadram nesse perfil.

É possível traçar um desenho sobre o marcado da Construção no Brasil? Qual seria ele?
O mercado da Construção Civil, assim como outros setores da indústria, passa por um momento de atenção. Sabemos que no início do ano, a expectativa de crescimento do setor eram 3%, porém, com o fator confiança fragilizado, esse prognóstico não deve se cumprir. Não é um momento alarmante, que exija situações drásticas, porém, é um setor que depende justamente deste termo (confiança) para alavancar.

O governo diz que o Brasil sai de sua maior crise econômica dos últimos tempos, qual a sua avaliação? Estamos realmente deixando a recessão para trás?
Sim, porém, de maneira mais lenta do que outros processos de recessão. Digo isso por que esta não é a primeira recessão econômica que nosso país enfrenta, mas, sem dúvida, tem sido o período mais longo. A previsão de crescimento do PIB é de 1,5%, ou seja, é uma baixa estimativa em comparação da recessão que estamos vivendo.

Quais os cenários futuros quando assunto é economia e política no atual momento do Brasil?
Temos a possibilidade de dois cenários eleitorais pela frente, ambos irão impactar no rumo da economia do país. Ou alguém que seja eleito e tenha um comprometimento com processos e agenda para resolver as questões mais imediatas no momento, como déficit orçamentário e baixa da taxa de juros, por exemplo. Precisa ser uma pessoa com grande capacidade de articulação e apoio e que consiga tocar as reformas necessárias. Do contrário, nenhum cenário é favorável em relação ao crescimento econômico do país.

Alta do dólar, economia norte-americana em crescimento, alguns Países da Europa que voltam a crescer. Quais os destinos do Brasil a médio e longo prazo, diante desse cenário internacional?
Se enxergarmos este cenário a curto prazo veremos um certo otimismo para a economia brasileira, que é a política de exportação. Com um quadro mundial positivo, os setores que investem e trabalham para fortalecer a prática de exportar seus produtos, podem ser beneficiados como uma alternativa de crescimento para os próximos dois anos.
Por outro lado, a médio e longo prazo, poderemos ver mais protecionismo, países mais fechado às negociações e um momento mais frágil para trocas comerciais.

Quais as medidas que o Brasil tem de tomar e as dores que tem de encarar para que o crescimento volte com força?
Sem dúvida para uma retomada do crescimento econômico, precisam acontecer reformas. A tão falada reforma da previdência é a palavra-chave para, por exemplo, equalizar o déficit fiscal. A reforma tributária também é necessária em questões como simplificar os tributos, diminuir burocracias para abertura de empresas. E, aliado a isso, a manutenção da reforma política econômica.

E o cenário eleitoral, quais os movimentos que você prevê que o mercado fará com os possíveis vencedores da corrida eleitoral?
Como o mercado reagirá às eleições?Como já dito anteriormente, tudo depende do perfil de quem for eleito e as pesquisas atuais ainda não dão indicativos mais concretos de qual será o rumo destas eleições. O cenário ideal é a eleição de alguém de centro-direita, que saiba articular posições e angariar apoio para definição e realização de reformas e projetos favoráveis economicamente. O próximo presidente terá que fazer um grande trabalho de desconstrução de imagem do atual governo. O que mercado não vê com bons olhos, são políticas extremistas, portanto o melhor dos mundos seria a eleição de alguém de centro-direita, nem conservador e nem populista demais.

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