Movimento de aversão a risco afetou os mercados globais e levou o dólar a subir tanto em relação a emergentes quanto a moedas fortes; principal índice do mercado de ações brasileiro, Ibovespa caiu 2,24%.
Movimento de aversão a risco afetou os mercados globais e levou o dólar a subir tanto em relação a emergentes quanto a moedas fortes; principal índice do mercado de ações brasileiro, Ibovespa caiu 2,24%
Com o cenário externo adverso nesta quinta-feira, 18, o dólar não conseguiu se sustentar abaixo de R$ 3,70 e terminou o dia em alta de 1,15%, cotado em R$ 3,7277. Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, o aumento da aversão ao risco de investidores no mercado internacional estimulou a retirada de recursos do País, pressionando o câmbio e desencadeando um movimento de ajuste e realização de lucros, após o dólar cair 9% no mês.
Pela manhã, o dólar atingiu a mínima do dia, de R$ 3,6733. Operadores relatam que o próprio nível atraiu compradores ao mercado de câmbio, principalmente importadores e tesourarias de bancos, tentando recompor posições, o que fez a moeda voltar para os R$ 3,70. Para o diretor da corretora NGO, Sidnei Nehme, o dólar abaixo deste nível não é sustentável, considerando os riscos internos e externos. Ele acha mais provável a moeda seguir no patamar entre R$ 3,70 a R$ 3,80 nos próximos dias, na ausência de fatos novos.
Perto do fechamento, o dólar bateu máximas e chegou a R$ 3,7317, em meio a especulações das mesas de operação sobre quem vai ser o presidente do Banco Central em eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL). O dirigente atual, Ilan Goldfajn, tem dito que fica até 31 de dezembro. Para os estrategistas da Icatu Vanguarda, muitos no mercado esperam que Ilan e parte da equipe econômica permaneçam em 2019. O primeiro desafio do novo governo que importa para os mercados locais será a formação de um time econômico capacitado para implementar as reformas necessárias no País, ressalta análise da gestora.
Lá fora, um movimento de aversão ao risco afetou os mercados globais e levou o dólar a subir tanto em relação a emergentes quanto a moedas fortes. O cenário de incerteza tem raiz nas dúvidas em relação à condução da política monetária americana. Com a divulgação, nas últimas semanas, de dados melhores da econômica dos Estados Unidos, há uma dúvida em relação à continuidade do gradualismo na elevação das taxas. Além disso, a questão do Orçamento da Itália segue incomodando os investidores e nesta quinta a Comissão Europeia deu prazo para a próxima segunda-feira para o país responder sobre a intenção de elevar o déficit para 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o triplo do previamente acordado.
Aqui, operadores apontam ainda que colabora para o mau humor a notícia de que empresas estariam financiando a compra de pacotes de mensagens a serem disparadas via WhatsApp contra o PT, para favorecer Jair Bolsonaro nas urnas. A situação seria ilegal, uma vez que poderia configurar doação de campanha por empresa, o que foi proibido nessas eleições. Nesta quinta à noite será divulgada uma nova pesquisa eleitoral, do Datafolha.
Foto: Reuters
Bolsa fecha em queda
A aversão ao risco no mercado internacional deu o tom dos negócios de ações no Brasil nesta quinta-feira. Com "gordura" significativa para queimar, o Ibovespa caiu 2,24% e fechou aos 83.847,12 pontos, praticamente na mínima do dia. Ainda assim, contabiliza em outubro alta de 5,68%.
A aversão ao risco no mercado internacional se deu por diversos motivos. Um deles foi o tom mais "hawkish" da ata do Federal Reserve, que continuou a produzir efeitos no mercado de renda fixa dos EUA. À tarde, preocupações em torno da questão orçamentária da Itália geraram um movimento de cautela global, depois que a União Europeia classificou o plano fiscal do país como um "desvio sem precedentes". Ao longo de todo o dia, permaneceu no pano de fundo uma expectativa pessimista quanto ao PIB da China, que será divulgado às 23h (de Brasília).
O temor de que o PIB aponte desaceleração da economia chinesa foi, segundo operadores, o principal motivo da queda de 3,91% no preço das ações da Vale. A mineradora seguiu outros papéis do setor ao longo do dia e contaminou os papéis do setor siderúrgico doméstico. Entre essas, destaque para Gerdau PN (-3,79%), Gerdau Metalúrgica PN (-3,96%) e CSN ON (-2,87%).
"Lá fora os mercados corrigiram principalmente em função da possibilidade de um aperto monetário mais forte nos Estados Unidos, o que levou a uma busca maior pela renda fixa local", disse Pedro Guilherme Lima, analista da Ativa Investimentos. De acordo com ele, o cenário eleitoral aparentemente consolidado pode levar o Ibovespa a elevar a correlação com as bolsas de Nova York nos próximos dias, depois de diversos pregões operando descolada de Wall Street.
Alguns profissionais ouvidos pelo Broadcast relataram algum mal estar no mercado com a notícia de que empresas estariam comprando pacotes de mensagens, em massa, para serem disparadas via WhatsApp contra a campanha Fernando Haddad (PT) à presidência. Outros operadores negaram que a notícia tenha tido qualquer influência nos negócios do dia. À tarde, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não tem controle sobre ações de seus apoiadores.
De volta à análise por ações, os papéis da Petrobras caíram 3,21% (ON) e 2,84% (PN), alinhados à aversão ao risco internacional e à queda dos preços do petróleo. Entre os bancos, houve queda em bloco. Banco do Brasil ON, sensível ao risco político, terminaram o dia em queda de 1,16%. Já Bradesco ON caiu 3,09% e Itaú Unibanco PN, 2,97%, ambas nas mínimas do dia.
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